Mais dois políticos entraram neste domingo (31) para lista de candidatos à Presidência da República. Em convenções nacionais, Pros e PSTU confirmaram os nomes de Pablo Marçal e Vera Lúcia, respectivamente, para a disputa pelo comando do Palácio do Planalto nas eleições gerais de outubro.
Pelo Partido Republicano da Ordem Social — o Pros —, a convenção realizada em Brasília serviu para validar a candidatura de Pablo Marçal. Com 35 anos de idade, ele nunca disputou uma eleição partidária. No Instagram, rede social em que conta com mais de 2 milhões de seguidores, ele se apresenta como “empresário, investidor e escritor”.
Com registro junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desde 2013, essa é a primeira vez que o Pros esboça ter candidatura própria à Presidência da República. Nas duas ocasiões anteriores, em 2014 e 2018, a legenda apoiou formalmente o PT — primeiramente com Dilma Rousseff e, depois, com Fernando Haddad.
Chapa 100% feminina
Pela segunda vez consecutiva, o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado — o PSTU — terá Vera Lúcia, de 54 anos, como candidata à Presidência da República. Natural de Inajá (PE), ela é formada em ciências sociais pela Universidade Federal de Sergipe e trabalhou como operária sapateira. A convenção que confirmou o nome dela foi realizada em São Paulo.
A convenção nacional do PSTU também serviu para confirmar que, neste ano, Vera Lúcia terá uma mulher na composição da chapa. Isso porque a pedagoga Raquel Tremembé foi lançada ao posto de candidata a vice-presidente. Aos 39 anos, Raquel é indígena — também sendo conhecida pelo nome Kunã Yporã.
Pros e PSTU no Congresso Nacional
Com candidaturas ao principal posto do Poder Executivo federal, Pros e PSTU têm pouca expressão no Congresso Nacional, onde temas ligados ao agronegócio aguardam por votações. No Senado Federal, o partido de Pablo Marçal conta com apenas dois representantes: Telmário Mota, de Roraima, e Zenaide Maia, do Rio Grande do Norte. Na Câmara dos Deputados, a sigla tem quatro integrantes.
O desempenho do PSTU é ainda pior. O partido de Vera Lúcia não tem nenhum representante nas duas casas legislativas que formam o Poder Legislativo federal. Com registro ativo desde 1995, o partido não tem, aliás, nenhum filiado com mandato ativo no país — isso contando governadores, deputados estaduais, prefeitos e vereadores.