Na campanha de Fernando Haddad (PT), as privatizações passam longe. Já na candidatura do PSL, a assessoria econômica de Jair Bolsonaro pensa longe. A ideia é arrecadar R$ 700 bilhões privatizando pelo menos 150 estatais. Mas essa proposta causa resistência entre os militares que cercam Bolsonaro. Para tentar emplacar o plano, o jornal Folha de São Paulo noticia que a equipe econômica do ex-militar está planejando que as privatizações sejam feitas com a utilização de ações especiais, conhecidas como “golden share”. Na prática, essa ação dá poder de veto ao governo, mesmo na condição de minoritário, em decisões como a venda de controle ou mudança de local de sede da empresa. Empresas como CSN, Vale e Embraer foram privatizadas com essa medida.
A reportagem da Folha também cita que o impasse entre economistas e militares se dá em empresas consideradas estratégicas, como a Eletrobrás e a Petrobras. Miguel Daoud avalia esse plano de privatização.