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EM BRASÍLIA

Entidades da América do Sul assinam manifesto contra lei antidesmatamento

Em Brasília, produtores de soja e milho manifestaram profunda preocupação com a recente lei antidesmatamento promulgada pela União Europeia

desmatamento - ar seco - fazendeiro
Foto: Carlos Celestino/Secom-MT

Durante reunião em Brasília, entidades que representam os produtores de soja e milho da América do Sul manifestaram profunda preocupação com a recente lei antidesmatamento promulgada pela União Europeia. Eles uniram suas vozes em um manifesto conjunto, pedindo uma revisão urgente da norma.

A nova legislação europeia, que visa combater o desmatamento e promover práticas agrícolas sustentáveis, tem gerado apreensão entre os produtores sul-americanos. Eles argumentam que o endurecimento das regras pode aumentar significativamente os custos de produção e, consequentemente, ameaçar a viabilidade econômica de suas atividades.

A reunião ocorreu na Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e contou com a participação de representantes da Argentina, do Paraguai e do Brasil. Durante o encontro, eles avaliaram os impactos negativos que a nova legislação europeia pode ter sobre a produção agrícola em seus respectivos países.

O resultado dessa avaliação foi a assinatura de um manifesto conjunto, no qual as entidades se comprometem a trabalhar em estreita colaboração com seus governos na busca por soluções que possam mitigar os impactos da lei europeia. Eles também esperam envolver a União Europeia em um diálogo construtivo para encontrar alternativas que não prejudiquem os produtores sul-americanos.

“Não é justo que produtores que já adotam leis rigorosas de proteção ambiental em seus países tenham que enfrentar barreiras comerciais disfarçadas de barreiras ambientais”, declarou um dos representantes durante a reunião.

As entidades da América do Sul argumentam que estão dispostas a cooperar no desenvolvimento de práticas agrícolas sustentáveis e na preservação do meio ambiente, mas enfatizam a importância de encontrar um equilíbrio que não comprometa a competitividade e a subsistência dos agricultores da região.

A expectativa é que o manifesto conjunto sirva como um chamado à ação para buscar soluções equilibradas que protejam o meio ambiente e, ao mesmo tempo, garantam a continuidade das atividades agrícolas na América do Sul. O diálogo entre as entidades e a União Europeia promete ser um importante passo nesse processo de busca por consenso.

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