Política

Governo vai criar secretaria para cuidar da entrada do Brasil na OCDE

Ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse que o Brasil já aderiu a 81 dos 254 instrumentos legais para o acesso à organização de desenvolvimento econômico

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Governo dos Estados Unidos decidiu pedir que o Brasil ganhe prioridade na fila de países que tentam entrar na OCDE. Foto: Alan Santos/ Presidência da República

O governo irá criar uma secretaria dentro do Ministério da Casa Civil para tratar da entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), anunciou nesta quinta-feira, 16, o ministro Onyx Lorenzoni. Segundo ele, a nova pasta se chamará Secretaria Especial para a Acessão à OCDE. 

O ministro disse que Marcelo Gomes, técnico com origem no Tribunal de Contas da União (TCU), comandará a nova secretaria. Onyx se reuniu com o encarregado de negócios interino da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, William Popp. Onyx disse que o Brasil já aderiu a 81 dos 254 instrumentos legais para o acesso à OCDE. Outros dois não se aplicariam ao Brasil. 

“É importante a gente ter claro que este é um processo que leva, em média, cerca de três anos”, disse Onyx ao deixar a reunião na embaixada dos EUA. Segundo o ministro, a função da nova secretaria será melhorar a relação com organismos internacionais e países membros da OCDE. “Buscar cada um dos passos de acreditação, para que o Brasil, no mais curto espaço de tempo, possa ser membro deste time, que é o time que vence no mundo”. 

O presidente Jair Bolsonaro disse na quarta-feira, 15, que a intenção dos Estados Unidos de priorizar a entrada do Brasil na OCDE é uma notícia bem-vinda. “A gente vinha trabalhando há meses, de forma reservada”, afirmou. “São mais de 100 requisitos, estamos bastante adiantados, na frente da Argentina”, disse Bolsonaro. 

Entenda

O governo dos Estados Unidos decidiu pedir que o Brasil ganhe prioridade na fila de países que tentam entrar como membros na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A mudança ocorre depois de um ano em que o governo Bolsonaro mostrou alinhamento com os americanos, apesar de viver percalços na relação com a Casa Branca, e depois de o Itamaraty ter apoiado a ação americana no Iraque contra o Irã.