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AUDIÊNCIA

Isenção de tributos para defensivos agrícolas é discutida no STF

Tema foi levado à Corte pela CNA, que argumenta que medidas que retirem benefícios tributários desses produtos impactaria em aumentos de preços de alimentos

Defensivos, pulverização, máquina agrícola, pulverizador, Ibama
Defensivos, pulverização, máquina agrícola, pulverizador, Ibama

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) discutiu nesta terça-feira (5) a isenção de tributos para defensivos agrícolas em audiência pública no Supremo Tribunal Federal (STF).

A Suprema Corte ouviu diversas instituições públicas e privadas para obter informações técnicas para o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5553, de relatoria do ministro Edson Fachin, que trata do assunto.

O diretor técnico da CNA, Bruno Lucchi, falou da importância da capacitação e assistência técnica ao produtor rural para uso dos produtos e de se levar em consideração os avanços realizados pelo Congresso Nacional na aprovação da reforma tributária.

Segundo ele, foram mais de 25 audiências públicas, debates e estudos apresentados para que o agronegócio brasileiro tivesse alíquota diferenciada, de 60%, assim como seus insumos.

Prejuízo aos produtores

Lucchi destacou que o produtor rural é usuário dos agroquímicos e “não teria problema em substituir essa tecnologia, caso a pesquisa avance”.

Porém, conforme o diretor, qualquer medida que vise a retirada dos benefícios tributários desses defensivos impactaria no aumento de preço do alimento ao consumidor, “porque vai aumentar o custo de produção ou a redução do uso, principalmente, por parte dos pequenos produtores, causando prejuízos para eles.”

O representante da CNA citou, inclusive, o trabalho do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) na realização de capacitações e Assistência Técnica e Gerencial para produtores rurais de todo o país, ações que contribuem para um uso mais eficiente dos agroquímicos.

“Capacitação e assistência técnica são nossos principais pilares para trabalhar como política pública e corrigir todos os possíveis problemas que nós temos na utilização desses produtos.”

De acordo com ele, a reforma tributária foi aprovada no ano passado, inserindo na Constituição uma alíquota diferenciada para o agro, com desconto de 60%.

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