Nesta sexta-feira (2), o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que está com 80% do seu ministério pronto, mas que só vai divulgá-lo após sua diplomação no dia 12.
Só confirmou que a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, não estará no governo e continuará na liderança do partido.
Segundo Lula, a base do ministério será igual a dos seus primeiros mandatos, como Pesca, Mulher, Indústria e Comércio.
O presidente eleito disse que não sabe se a pasta dos povos originários será realmente um ministério ou uma secretaria ligada à presidência.
Disse que vai voltar a falar com a imprensa depois que receber os relatórios do grupo de Transição.
“Sabia que não ia encontrar coisa boa. A partir das informações vamos começar a governar esse país”, afirmou.
Ministério da Pesca
O grupo técnico da Pesca vai propor a recriação do ministério, extinto em 2015. A devolução do status de ministério à Pesca foi uma das promessas de Lula durante a campanha.
Após a vitória de Lula, um grupo técnico da Pesca no âmbito do gabinete de transição foi criado com o objetivo de realizar um diagnóstico do setor, identificar riscos, fazer alertas, apontar ilegalidades e propor medidas para serem adotadas no início do governo, em janeiro de 2023.
Apesar de ser consenso entre os oito integrantes do grupo técnico, a recriação do ministério ainda gera divergências dentro do gabinete de transição.
O grupo de Agricultura, Pecuária e Abastecimento acredita que a Pesca deve seguir como uma secretaria dentro do Ministério da Agricultura.
A senadora Kátia Abreu (PP-TO) tem dito a jornalistas nos últimos dias que o grupo da Agricultura, do qual ela faz parte, deve recomendar a manutenção da Secretaria da Pesca na estrutura do Ministério da Agricultura.