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1ª NO ATUAL MANDATO

Lula planeja visita a assentamento do MST em busca de reaproximação com base mais fiel

Lideranças do grupo disseram que local escolhido pelo petista é o Quilombo Campo Grande, em Minas Gerais

Lula se encontra com membros do MST em Brasília
Foto: Ricardo Stuckert/PR

Integrantes do Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST) disseram que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitará, na próxima sexta-feira (7), um assentamento do grupo pela primeira vez no mandato atual.

O local escolhido foi o Quilombo Campo Grande, em Campo do Meio, Minas Gerais. O compromisso ainda não está na agenda do chefe do Executivo. Contudo, o petista visa se reaproximar do movimento, historicamente a sua base de apoio mais fiel, diante da queda de popularidade e da pressão pelo aceleramento da reforma agrária.

Em entrevista ao jornal O Globo, a deputada Marina do MST (PT-RJ) disse que a ida do presidente servirá para que os líderes cobrem, novamente, mais agilidade no processo de criação dos assentamentos. “O governo precisa sair da inércia e destravar as políticas públicas voltadas para o fortalecimento da agricultura familiar e da reforma agrária. Esta é a solução, inclusive, para a alta do preço dos alimentos”, disse.

Vale lembrar que em janeiro, Lula recebeu integrantes do movimento no Palácio do Planalto, encontro que ocorreu seis dias após o grupo divulgar carta que tinha o objetivo de pressionar o presidente a assentar 100 mil famílias.

Críticas ao Congresso

No documento de janeiro, o MST criticou a atuação do governo petista e contestou os cálculos de assentamentos divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Além disso, o grupo teceu comentários negativos ao Congresso Nacional, classificando o trabalho dos parlamentares como “atuação perversa” em defesa do agronegócio.

Em dezembro do ano passado, ministro Paulo Teixeira, do MDA, afirmou que o governo Lula assentou 71,4 mil famílias ao longo de 2024. O governo se comprometeu com a meta de incorporar 295 mil novas famílias ao Programa Nacional de Reforma Agrária até o fim de 2026. Contudo, os dados são contestados pelo MST.

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