O presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), deve esclarecer pontos de sua agenda econômica para o mercado nacional e internacional. E isso precisa ocorrer em breve. Ao menos é o que aponta o economista Silvio Campos, da Tendências Consultoria.
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Na visão de Campos, que participou do telejornal ‘Mercado & Companhia’ nesta segunda-feira (31), Lula tem de externar pensamentos relacionados à política econômica do país — que voltará a ser administrado por ele no decorrer dos próximos quatro anos. O que passa, por exemplo, por revelar nomes que irão integrar o primeiro escalão do governo federal e até mesmo a definição de estruturas de alguns ministérios.
“O que se espera já no curto prazo são sinalizações mais concretas em relação à agenda econômica, principalmente de nomes que irão comandar essas pastas, como Fazenda [Economia] e, se houver desmembramento, o Planejamento…. [Presidente do] BNDES”, disse Campos ao conversar com o jornalista e apresentador Antônio Pétrin.
“Os mercados apostam numa linha mais pragmática e moderada” — Silvio Campos
“Até as eleições, esses pontos ficaram um pouco obscuros”, prosseguiu o entrevistado. Fora isso, o economista apontou quais são as expectativas de investidores. “De certa forma, os mercados apostam numa linha mais pragmática e moderada, sem volta de uma agenda à esquerda e nacional-desenvolvimentista“, comentou Campos. “Mas é claro que persistem dúvidas nesse sentido.”
Voto de confiança para Lula
Se isso for feito, o presidente eleito tende a seguir sem ter atrito com o mercado financeiro, avalia o economista. No momento, enquanto detalhes da política macroeconômica não são detalhadas, o mercado sinaliza dar “um voto de confiança” a Lula, pontua Silvio Campos.
Tal voto de confiança, contudo, pode perder força caso a equipe do petista não apresente caminhos para o controle fiscal das contas públicas do país.
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