Escalados para o grupo de trabalho da agricultura da equipe de transição do governo, o senador Carlos Fávaro (PSD-MT) e o deputado federal Neri Geller (PP-MT) se reuniram na quinta-feira (17) com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Marcos Montes. Esse encontro foi visto com bons olhos por Miguel Daoud, comentarista do Canal Rural.
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Para o analista, a reunião dos três políticos “é importante”, além de ser um bom sinal para o jogo democrático do país — Montes é aliado de Jair Bolsonaro (PL), enquanto Fávaro e Geller apoiaram a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República. “A transição é como se fosse um carro em movimento, você tem que passar a linha de chegada, do fim de um governo e início de outro, dentro do carro”, afirmou Daoud ao participar da edição deste sexta-feira (18) do telejornal ‘Mercado & Companhia’.
Segundo Daoud, a reunião pode indicar, sim, que Fávaro ou Geller seja nomeado para assumir o Mapa no início do próximo governo Lula. Para ambos, contudo, há pontos a serem levados em consideração. Contra Fávaro pesa, segundo o comentarista do Canal Rural, o fato de a sua primeira suplente, Margareth Gettert Buzetti (PP-MT), não ser da base de apoio ao petista. “Pode enfraquecer o Lula no Senado”, pontuou Daoud.
Em relação a Geller, que já foi ministro da Agricultura durante a reta final do primeiro mandato de Dilma Rousseff, Daoud sinalizou que ele conta com críticos dentro do próprio agro. “Vem sendo alvo de críticas de parte do setor da agropecuária”, disse. Nesse sentido, ele lamentou o fato de o parlamentar ter sido ofendido durante um voo realizado nesta semana.
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Manutenção do atual ministro da Agricultura?
Alertando para o fato de “ainda ser muito cedo” para cravar quem será responsável pelo Mapa a partir de janeiro, Miguel Daoud lembrou que a senadora Kátia Abreu (PP-TO), que também foi ministra de Dilma, é outra congressista nomeada para o grupo da equipe de transição. Além disso, o comentarista do Canal Rural levantou a hipótese de a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) ser responsável direta pela indicação do próximo titular da pasta. Dessa forma, acredita, nem a possibilidade de o atual ministro, Marcos Montes, seguir na cadeira pode ser descartada. “É produtor, foi parlamentar e, certamente, representa parte importante do setor.”
Volta do Ministério do Desenvolvimento Agrário?
Enquanto o nome para o Ministério da Agricultura ainda é incerto, Miguel Daoud acredita que um nome desponta como favorito para assumir o cargo de ministro do Desenvolvimento Agrário — pasta que, segundo ele, deve ser recriada assim que Lula voltar à Presidência da República. E, conforme acredita, o cargo será ocupado por um petista: Miguel Rossetto.
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