A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, está no Irã, onde cumpre uma agenda de negócios na área de fertilizantes para o setor agrícola, com foco na importação da ureia iraniana.
Bom dia, Brasil! Já em Shiraz para a nossa agenda do dia, acompanhada do presidente da Comissão de Agricultura do Parlamento do Irã, Deputado Mohammad Askari, e presidente da Câmara de Comércio Brasil – Irã, Seyed Fakhreddin Amerian, além de autoridades locais. pic.twitter.com/15yGeebLfI
— Tereza Cristina (@TerezaCrisMS) February 17, 2022
A programação da ministra inclui um encontro com o ministro da Agricultura do Irã, Seyed Javad Sadati Nejadi, e com o presidente da Comissão de Agricultura do parlamento iraniano, deputado Muhammad Askari, além de reuniões com a Câmara de Comércio Brasil-Irã e com o Fórum Empresarial entre os dois países. Também está prevista visita à Petroquímica de Shiraz, importante produtora de ureia, e à Câmara de Comércio de Shiraz.
“O Brasil é um grande exportador de alimentos para o Irã e o Irã é um grande exportador de fertilizantes, principalmente ureia, para o Brasil. Tenho certeza de que será uma missão muito bem sucedida e muitas oportunidades de negócios surgirão”, disse a ministra, em suas redes sociais. Ela está sendo acompanhada por uma comitiva de empresários brasileiros.
Em 2020, o Brasil exportou US$ 1,9 bilhão para o Irã em produtos agrícolas, com forte participação de milho (64,4%) e soja em grãos (21,2%) sobre o total. No sentido contrário, as vendas de produtos agropecuários iranianos ao Brasil somaram US$ 2 milhões em 2020, na maioria nozes e castanhas, uvas secas e outras frutas conservadas.
Na semana passada, a ministra foi diagnosticada novamente com a covid-19. Por causa disso, ela precisou ser desligada da comitiva de ministros que acompanha o presidente Jair Bolsonaro na viagem à Rússia, onde a importação de fertilizantes também é um dos temas centrais. Os russos são responsáveis por cerca de um terço do cloreto de potássio e pela quase totalidade do nitrato de amônia importados pelo Brasil, dois dos fertilizantes mais usados na agricultura.
Atualmente, o Brasil importa mais de 80% dos fertilizantes utilizados no agronegócio. Por causa dessa dependência externa e do risco de desabastecimento de fertilizantes no mercado internacional, que pode afetar a safra de grãos em 2023, o governo federal criou um grupo de trabalho (GT) interministerial para discutir o tema.
A ideia é elaborar uma política para ampliar a produção nacional de fertilizantes agrícolas. Uma das iniciativas em estudo é a liberação da exploração das reservas de potássio na Amazônia e também de recursos minerais em terras indígenas.