O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), criticou a nomeação do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski para o Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Em uma série de publicações em uma rede social, Lupion afirmou que a escolha é “extremamente preocupante” e que Lewandowski tem um “posicionamento político-ideológico muito complicado”.
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“Tenho respeito pela pessoa do ministro, mas seu posicionamento é muito contrário ao nosso pensamento, de garantia do direito de propriedade e da segurança jurídica no campo”, escreveu Lupion.
Lupion também afirmou que Lewandowski é contra a legítima defesa do cidadão de bem, o porte e a posse legal de armas, e que tem “ligação muito próxima” com o Movimento dos Sem-Terra (MST).
“A preocupação é que o Ministério da Justiça seja efetivamente usado politicamente, primeiro, na questão das demarcações de terras indígenas, atribuição da pasta; depois, com criminosos invasores do MST e movimentos semelhantes de invasores”, publicou.
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“Preocupam as pessoas que ele pretende nomear. Os nomes divulgados, até agora, são completamente contrários ao nosso pensamento”, complementou.
Lewandowski no governo
Lewandowski ocupará a vaga deixada por Flávio Dino, indicado de Lula ao STF para o lugar da ex-ministra Rosa Weber, que se aposentou compulsoriamente da Corte, ao completar 75 anos de idade, em outubro do ano passado.
Para Lula, as duas indicações, uma na Suprema Corte e a outra na pasta da Justiça coroam seu primeiro ano de mandato. “Hoje é um dia muito feliz para mim. Feliz porque eu estou diante de um companheiro [Flávio Dino] que está prestando serviço extraordinário ao país, à Justiça brasileira, e que, acertadament,e o Congresso homologou para que seja a partir de 22 de fevereiro o novo ministro do STF”, disse Lula.
Por questões particulares, a nomeação do novo ministro da Justiça ocorrerá em 19 de janeiro e a posse está marcada para 1º de fevereiro. Até lá, Dino continua no cargo no Executivo, depois, assume a vaga no Senado até a posse no Judiciário, que será em 22 de fevereiro.
Segundo o presidente Lula, Lewandowski terá liberdade para montar o ministério, mas afirmou que dará o aval final para as novas nomeações.
