O secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, disse nesta quinta-feira, dia 4, que o governo não vai, por conta própria, “retirar nada do projeto” da reforma da Previdência. Segundo ele, essa seria uma função do Congresso.
“Agora o papel é do parlamento. Se os deputados resolverem tirar a capitalização individual, o BPC, a aposentadoria rural, tiram, mas acho que é um erro”, afirmou em almoço na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
A declaração de Marinho se opõe ao que foi dito pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, nesta quarta-feira, dia 3. “O governo está preparado para a retirada das mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e na aposentadoria rural da reforma da Previdência”, afirmou, em audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados.
Desafio do governo
Marinho afirmou que uma nova campanha oficial pró-reforma deve ser lançada pelo governo em 10 dias. O secretário completou ainda que a reforma atinge grupos específicos e que essas pessoas “vão com força nas redes sociais”, emendando que o cenário de desaprovação que se vê online não é o mesmo da realidade.
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O secretário criticou ainda o discurso de “corporações” que, segundo eles, “dizem que estão afrontadas com o BPC e a aposentadoria rural, mas estão preocupadas com próprios benefícios”.