O governador de São Paulo, João Doria, disse em entrevista coletiva concedida nesta quarta-feira, 22, que o estado buscará reabertura gradual das atividades econômicas a partir do dia 11 de maio, “levando sempre em consideração o respaldo da ciência e da medicina”.
“Até o dia 10 de maio, não haverá nenhuma alteração na quarentena. Os critérios daquilo que virá a partir do dia 11 serão diferenciados e de acordo com dados científicos apurados em cada cidade e pelas regiões do estado”, afirmou Doria. “Definiremos gradualmente os protocolos para essa volta responsável e segura à normalidade econômica, mas protegendo vidas”, acrescentou.
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O governador apresentou os números da atividade econômica do estado durante o período de isolamento. Segundo ele, 74% de toda a estrutura se manteve ativa, apesar das medidas de restrições adotadas pelo governo. A quarentena não atingiu setores como a indústria, o agronegócio, construção civil, energia e telecomunicações, entre outros.
A disponibilidade de leitos hospitalares e a evolução do contágio serão critérios básicos para as próximas definições e alterações na quarentena. A partir desse mapeamento, a reabertura poderá ser orientada de formas distintas e de acordo com o impacto da pandemia nas diferentes regiões, disse Doria.
O programa de reabertura, batizado como “Plano São Paulo”, terá como principal objetivo evitar que a retomada do comércio cause uma nova onda de contaminações e provoque uma disparada nos números de casos graves e mortes. A avaliação das autoridades estaduais é que, além da perda de vidas, o prejuízo econômico será muito maior se a retomada levar a uma quarentena ainda mais rígida nos próximos meses.
“De nada adianta abrir o comércio e não ter quem compre e consuma, e ainda colocando em risco os funcionários. Estabelecemos um projeto consistente, sólido e baseado na ciência. Definiremos gradualmente os protocolos para essa volta responsável e segura à normalidade econômica, mas protegendo vidas”, concluiu o governador