A União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), em nota enviada à imprensa, pediu previsibilidade e segurança jurídica na futura gestão do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e seu vice, Geraldo Alckmin.
“Hoje, a ociosidade nas usinas de biodiesel é superior a 50%, e diversas unidades estão lutando dia após dia para não fechar as portas. Deste modo, clamamos ao novo governo: previsibilidade e segurança jurídica, a fim de que os empresários do setor possam retomar investimentos e contratações”, disse a entidade.
A Ubrabio defende que o governo cumpra com o cronograma de aumento da mistura do biodiesel ao diesel fóssil.
O porcentual do mix está em 10% desde novembro de 2021, quando o presidente Jair Bolsonaro decidiu não avançar com o porcentual anual, citando preços mais altos da matéria-prima.
“Deveríamos estar em 14% – o chamado B14. Precisamos retomar esse cronograma de aumentos já em 2023 e seguir evoluindo até alcançarmos o B20 em 2028”, defende a Ubrabio.
Ainda no comunicado, a entidade se colocou à disposição “para o diálogo e cooperação com o novo governo”.
Segundo a Ubrabio, assim como fizeram outros setores da economia, a indústria do biodiesel entregou suas propostas às principais candidaturas durante a campanha presidencial.
“No documento, reiteramos o desejo de que a transição do combustível fóssil por renovável seja uma prioridade do país”, afirmou.
A entidade ressaltou, ainda, a importância da COP-27, que se inicia neste domingo no Egito.
O evento será, na avaliação da Ubrabio, marcado pela busca de soluções para a transição energética e de uma economia menos dependente de combustíveis fósseis. “O Brasil, felizmente, tem todos os instrumentos para ser solução desta meta global”, destacou.