A projeção oficial de alta do Produto Interno Bruto do Brasil recuou para 0,81% em 2019, ante 1,6% do último relatório divulgado em maio. Os dados foram informados nesta sexta-feira, dia 12, pelo governo federal.
De acordo com o Ministério da Economia, os fatores que impactaram essa revisão no curto prazo foram a guerra comercial entre China e Estados Unidos, os problemas climáticos, que prejudicaram a agricultura, e o rompimento da barragem da empresa Vale, em Brumadinho (MG), que prejudicou a indústria. Já o efeito completo da reforma da Previdência e novas medidas que devem beneficiar a economia no curto prazo não foram consideradas, segundo a pasta.
Para Pedro Paulo Silveira, economista da Nova Futura Corretora, o mercado aguarda a aprovação da reforma da Previdência, que pode ajudar a alavancar o cenário econômico. “O mercado está esperando que pelo menos os destaques sejam discutidos e votados antes do recesso. O que o mercado está precificando é uma aprovação da reforma dentro do conforme, que daria uma economia em torno de R$ 900 bilhões, e estamos considerando esse fato positivo”, diz.
Apesar disso, o economista afirma que o crescimento neste ano pode ocorrer através de contribuição de taxas de juros. “Se não houvesse nem mesmo a sinalização da reforma da Previdência , o crescimento seria ainda menor. Os efeitos da reforma são ilimitados, e para fazer com que a economia volte a crescer vamos precisar de mais medidas. E, para que possamos também voltar a um bom patamar da economia, vamos precisar também de mais estímulos”, afirma Silveira.