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Aves e Suínos

Abate de frangos cresce 7% no 3º trimestre, melhor resultado em 23 anos

De acordo com o IBGE, a maior demanda por proteínas mais acessíveis também impulsionou o desempenho no setor

O abate de frangos atingiu 1,51 bilhão de cabeças no terceiro trimestre, aumento de 2,8% em relação ao mesmo período de 2019 e de 7% na comparação com o segundo trimestre de 2020. No comparativo mensal, foi registrado o melhor mês de julho de toda a série histórica, que começa em 1997.

Fonte: ANPr/Sindiavipar

“A maior demanda das famílias por proteínas mais acessíveis também impulsionou o desempenho do abate de frangos, que se aproximou do patamar recorde atingido no primeiro trimestre de 2020, período em que os efeitos da pandemia ainda estavam no início. Os três estados do Sul lideram o setor: Paraná, com 32,9% da participação nacional, seguido por Rio Grande do Sul, com 14% e Santa Catarina com 13,5%”, comenta Bernardo Viscardi, supervisor das pesquisas de produção pecuária do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Suínos

O abate de suínos também cresceu, alcançando o novo recorde de 12,71 milhões de cabeças no terceiro trimestre de 2020, o que representa aumentos de 8,1% em relação ao mesmo período de 2019 e de 4,5% na comparação com o segundo trimestre de 2020. Esse é o maior resultado da série histórica, com destaque para os meses de julho e agosto, que registraram os maiores níveis da atividade.

“Os meses mais frios do ano, geralmente, coincidem com o aumento do abate desse animal, impulsionado pelo aumento do consumo interno. Além disso, o desempenho recorde das exportações de carne suína no período também contribuiu com o resultado do setor”, explica Viscardi.

Por outro lado, o abate de bovinos continuou caindo no terceiro trimestre. Foram 7,69 milhões de cabeças, quantidade 9,5% inferior à obtida no terceiro trimestre de 2019, mas 4,6% acima da registrada no segundo trimestre de 2020. Foi o menor resultado para um terceiro trimestre desde 2016. Na comparação mensal, agosto apresentou a maior queda em relação à 2019, com menos 12,4% de cabeças abatidas.

“A queda no abate de bovinos vem desde o início do ano, principalmente por conta da restrição da oferta de fêmeas pelos pecuaristas. Apesar da retração da atividade na comparação anual, nos meses de julho e agosto foram verificados recordes para a exportação de carne bovina, mesmo produzindo menos internamente”, acrescenta Viscardi.

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