Mercado e Cia

Abimaq pede ao governo mais R$ 9 bilhões para o Moderfrota em 2020

De acordo com Pedro Estevão, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas, o pedido visa tentar evitar o esgotamento dos recursos para o setor

A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas Equipamentos (Abimaq) solicitou R$ 9, 3 bilhões ao governo como recursos extras às linhas de financiamento do Moderfrota em 2020. De acordo com Pedro Estevão, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Abimaq, o pedido visa tentar evitar o esgotamento dos recursos para o setor.

“Este ano a demanda está forte, é o melhor ano para o setor desde 2013. E mesmo assim, o governo destinou R$ 8,7 bilhões, volume ainda pequeno perto da nossa sugestão inicial, que era de R$ 14 bilhões.  Ou seja, temos um orçamento pequeno e uma demanda muito forte e com isso os recursos podem acabar até dezembro deste ano”, afirma Estevão.

Neste ano, durante o lançamento do Plano Safra 2020/2021, o governo enfatizou que alguns setores de produção receberiam menos recursos, e que seria levado em consideração o nível de urgência em cada setor.

“Por hora, ainda não temos confiança sobre a aprovação deste pedido e nem de como o governo vai agir diante disso. Até porque, diante de alguns anúncios, o próprio governo já sinalizou que diante da falta de recursos, irrigação, pequenos produtores e armazenagem serão prioridades”, explicou o presidente da Abimaq.

Prazo de resposta 

Pedro Estevão afirmou ainda que não há prazo para resposta, mas mesmo que seja negativa, o ideal seria o quanto antes possível. “Sem prazo, eles ainda precisam fazer um analise do pedido. O Ministério da Agricultura já informou que vai procurar a melhor solução para não travar o setor nos próximos meses”.

Alternativas 

Por fim, Estevão explica que caso não haja dinheiro oficial no mercado, sobram três opções. “Recurso próprio, ir a mercado com bancos comerciais com juros altos e o financiamento via BNDES com juros pouco menor. Inclusive já conversamos com o BNDES para caso o governo não aprove o pedido, que eles forneçam um suporte maior aos produtores”, explica ele.