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O anúncio será feito pela presidente Dilma Rousseff e pelo ministro da Agricultura, Antônio Andrade. Os recursos para custeio e investimento devem passar dos R$ 115 bilhões, destinados no último ciclo, para pelo menos R$ 136 bilhões.
A grande novidade deve ser o lançamento do Plano Nacional de Armazenagem, que permitirá o aumento da capacidade de estocagem, a diminuição dos juros e ampliação dos prazos de pagamentos. Para o ministro da Agricultura esta deve ser uma das prioridades a serem anunciadas nesta terça. A primeira fase do Plano Nacional de Armazenamento deve oferecer R$ 130 milhões em recursos. Para a segunda etapa, serão pelo menos mais R$ 180 milhões.
Outras novidades já anunciadas pelo governo para o novo Plano Safra é o direcionamento de recursos para a irrigação e a modernização de máquinas agrícolas. No mês de maio, o governo federal encomendou um estudo para identificar as áreas e as culturas com potencial de irrigação. O Plano Diretor Nacional de Irrigação tem até outubro para fazer esse diagnóstico e apontar soluções para o incremento da agricultura irrigada. O governo acredita que vai ser possível dobrar a produção, que hoje está em cinco milhões de hectares, segundo a Agência Nacional de Águas, em um prazo de seis anos.
Parte dos recursos a serem anunciados pelo governo devem facilitar ao produtor o acesso ao financiamento e à compra de máquinas e implementos agrícolas, para a modernização da agricultura no país.
Conforme antecipado pelo ministro Antônio Andrade, está prevista também a criação de uma Agência de Assistência Técnica a pequenos e médios produtores, com apoio da Embrapa. Segundo o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, o novo órgão deve coordenar a política nacional de assistência técnica e extensão rural, levando a tecnologia aos produtores, incrementando a produtividade e melhorando a renda.
Plano Safra do Semiárido
A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda que o governo lançará um Plano Safra do Semiárido.
– O Brasil tem Plano Safra da agricultura comercial e Plano Safra familiar. Agora, vamos regionalizar o Plano Safra só para o Semiárido nordestino – afirmou. De acordo com Dilma, esse plano é importante para que, quando houver seca, os cidadãos não percam a subsistência e para que não seja necessário importar milho do Sul do país, da Argentina e do Uruguai para alimentar os animais do Nordeste.
Ela afirmou ainda que a administração federal fará estrutura e dará “assistência e dinheiro” para minimizar as dificuldades da seca.
– As dívidas também serão equacionadas neste Plano Safra que nós iremos lançar – afirmou. Dilma disse que não hesitará em gastar dinheiro federal, mas afirmou que só por meio de parcerias é que os projetos se tornam viáveis.