A nova cultivar faz parte de uma coleção trazida da África em estudos na Embrapa há mais de 20 anos. A planta, registrada com o nome de BRS Tupi, é resultado de uma seleção de plantas coletadas em Burundi, no leste da África, pelo Centro Internacional de Agricultura Tropical (CIAT), da Colômbia.
Ao lançar uma cultivar, a Embrapa se preocupa em colocar no mercado exemplares mais bem adaptados, além de abrir a possibilidade de o produtor diversificar suas áreas de pastagens, já que a monocultura não é recomendada. A BRS Tupi passou por testes em áreas de Cerrado, Mata Atlântica e na região Norte, e se destacou por seu vigor e capacidade de produção. Também ganhou destaque nos testes de persistência de pastejo, capacidade de suporte e desempenho animal. Além disso, mostrou-se mais vigorosa, produtiva, palatável, com rapidez de estabelecimento, resistente a pragas e permitindo ganhos de peso animal superior às demais plantas.
Segundo os pesquisadores, a planta é uma alternativa de uso para áreas sujeitas a alagamentos temporários e como há poucos materiais disponíveis para solos rasos e com problemas de drenagem, acredita-se que esta será bem recebida pelos produtores, principalmente nas regiões Centro-Oeste, Norte e Sudeste. A cultivar BRS Tupi deve ser semeada nas águas, de outubro a fevereiro, com quatro quilos de sementes puras viáveis, na profundidade de três a cinco centímetros de profundidade.