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Notícias - Soja Brasil

Aprosoja-MT estranha proibição sobre mudança de calendário do plantio da soja

Em entrevista exclusiva, presidente da entidade, Antônio Galvan, diz que é preocupante a proibição alegando que não há estudos comprovando chance de danos

Diante da proibição do plantio da soja (para sementes) em fevereiro em Mato Grosso, realizada pelo Ministério Público do estado na última quinta-feira (30), contrariando pedido técnico da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), a entidade soltou uma nota esclarecimento apontando a razão para o pedido e o motivo pelo qual a proibição não é justa com os produtores.

Antes de mais nada, vale ressaltar que a Aprosoja apresentou um estudo com o pedido para que fosse ampliado o período de semeadura da soja para fevereiro, para a produção de sementes, com aval do instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea). O problema é que para outros órgãos de pesquisa, a mudança favoreceria a proliferação de doenças como a ferrugem asiática.

Segundo o presidente da Aprosoja-MT, Antonio Galvan, em entrevista exclusiva ao programa Mercado & Companhia, do Canal Rural, preocupa saber que alguém se manifestou contra o estudo.

“Isso nos deixa muito preocupado, induzindo-se a não fazer uma pesquisa a qual nós questionamos. Dizendo que o Indea não tem capacidade de fazer isso, alegando que quem tem capacidade é essa câmara”, diz. “Quem se manifesta contra a pesquisa, é porque alguma coisa está errado.”

Veja a nota da entidade na íntegra:

“A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso – Aprosoja/MT, vem esclarecer e posicionar-se perante as notícias divulgadas hoje, referentes a Calendarização do Plantio de Soja no estado.

É importante ressaltar que a Aprosoja-MT é a maior defensora do Vazio Sanitário da Soja, de 15/06 a 15/09, e jamais defendeu o cultivo da cultura neste período. Aliás tem questionado veementemente junto ao Mapa e órgãos de defesa estaduais, os plantios que tem ocorrido nesta época em outras unidades da federação.

Frisamos que o Vazio sanitário da soja, o primeiro do Brasil, nasceu em Mato Grosso com forte apoio da Aprosoja/MT que, em parceria com o Ministério da Agricultura e Indea/MT, implementou de imediato a idéia do ilustre e saudoso pesquisador Dr. José Tadashi Yorinori.

A Associação defende a sustentabilidade e direitos dos produtores de produzirem sua própria semente, dentro da legalidade e segurança fitossanitária, isto para que possam ter material de plantio de melhor qualidade que as sementes atualmente fornecidas no mercado.

Informamos que foi firmado Acordo com o órgão de Defesa Vegetal estadual, o Indea/MT, por meio de Câmara de Mediação Conciliação e Arbitragem, pela realização da pesquisa científica que embase a definição de data limite de plantio, o que é fundamental inclusive juridicamente, para dar legalidade aos preceitos da Instrução Normativa e das normas gerais do MAPA. Impedir a realização de pesquisa é o maior absurdo que pode existir, sobretudo a agronômica dentro do maior estado produtor de soja do país, é isto que o MP está recomendando.

O plantio em fevereiro está sendo recomendado pela Associação, sem entrar no Vazio sanitário, e em substituição aos plantios que vem ocorrendo em larga escala nos últimos dias de dezembro, isto por restrição absurda de normativa estadual, justamente para a preservação dos fungicidas atualmente existentes no mercado.

Esta limitação da data de plantio, ela sim está indo contra os próprios princípios da Norma, pois as lavouras tardias, a última alternativa que os produtores têm para fazer sua semente, tem demandado até 10 aplicações de fungicidas, isto com misturas triplas, contra menos de 4 aplicações nos plantios de fevereiro e com eficiência significativamente maior e sem adentrar o período do vazio sanitário. Já há pesquisa científica demonstrando isto.

Além disso, a semente produzida no mês de fevereiro tem qualidade muito superior que muitas oferecidas no mercado e isto sim, a excelente qualidade das sementes em termos de germinação e vigor, é que propiciam melhores colheitas na safra seguinte.”

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