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Mercado e Cia

Café recua em NY mas risco climático no Brasil mantém bons patamares

De acordo com analista, caso o quadro evolua para uma possível quebra de safra no país, as cotações podem reagir com mais força

Os preços do café na Bolsa de Nova York recuaram nesta terça-feira, 8, refletindo a queda do petróleo e o atrito entre China e Estados Unidos. Apesar disso, as cotações da commodity se encontram em patamares elevados por conta da perspectiva climática para o Brasil.

“Se analisarmos desde a entrada da safra até o momento, houve uma reação bastante forte dos preços em Nova York, com um dos fatores sendo o déficit hídrico que afeta à florada e compromete próxima safra. O mercado já mudou de foco e já pensa em 2021. Com essa mudança, a florada passa a ser muito importante, então o mercado já vem precificando isso”, afirma.

Segundo Barabach, o mercado está monitorando essa questão climática gradativamente, e confirmado esse cenário de poucas chuvas e de quebra de produção, é natural que o mercado reaja a isso. “Por enquanto, ele está trabalhando mais com o risco”, comenta.

Paralelamente, as questões financeira global traz volatilidade aos preços. “Mas é importante ressaltar que os preços já reagiram bastante e ainda estamos colhendo uma safra recorde, com os preços atingindo R$ 600 para cafés especiais na semana passada. Nesta terça-feira, houve queda nos valores, refletindo NY, mais ainda são patamares elevados para o período atual”, afirma.

O último levantamento da Safras & Mercado aponta que 51% da safra 2020/2021 de café do Brasil foi comercializada. Já para safra 2021/2022, parte dos produtores tem aproveitado o momento de alta do dólar e já comercializaram entre 25 e 35% da safra futura do grão.

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