De acordo com o estudo da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), a produção de café no Brasil deve ter um aumento de 40% até 2029, totalizando 69,1 milhões de sacas em comparação com as 49,3 milhões da safra 2019/2020.
A região Sudeste, que já é a principal região produtora do Brasil deve ampliar ainda mais a liderança, sendo responsável por 87% da produção total de sacas do país, seguida pelo Nordeste com 6%, Norte com 5% e Sul e Centro-Oeste com 1% cada.
Segundo a pesquisa, a produtividade deve crescer cerca de 41%, mesmo com uma redução de 2% por cento da área plantada. De acordo com o estudo, o consumo doméstico e as exportações também devem seguir em alta até 2029. Roberto Betancourt, diretor do Departamento de Agronegócio da FIESP sobre as projeções para o setor cafeeiro.
“O café é uma cultura tradicional do Brasil, tanto no consumo do mercado interno como para exportação, sendo assim, estudamos as projeções do mercado e a migração do café como um produto mais especializado. Ao contrário de outras culturas brasileiras, o café conseguiu sair pelo aspecto da comoditização e isso abre uma perspectiva muito boa para a cultura, oferecendo uma melhor rentabilidade”, diz Roberto.
De acordo com o diretor, o aumento da produtividade está vinculado ao incremento tecnológico no cultivo do café e com isso, haverá uma seleção de produtores que possuem uma produtividade mais elevada aliada com o uso de tecnologias.
“Nós acreditamos que mesmo com esse aumento da oferta, haverá também um acréscimo no consumo tanto no mercado interno como no mercado internacional. O mais importante é a agregação de valor ao produto, o que vai fazer com que algumas regiões avancem mais na produção”, finaliza Betancourt.