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Boi

Bovinos: abate de fêmeas em MT despenca 26% no primeiro trimestre

Segundo o Imea, a tendência é que o movimento de retenção leve ao aumento de animais de reposição e machos no médio prazo

Mato Grosso abateu 612,14 mil bois no primeiro trimestre de 2021, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Esse é o menor volume dos últimos dois anos. Também foram abatidas 452 mil fêmeas. No comparativo com janeiro-março do ano passado, as quedas são de 5,1% e 26,61%, respectivamente.

Para o Imea, a atenção se volta para as fêmeas que, além de comandar o ciclo pecuário – fator estrutural determinante para a cadeia da bovinocultura de corte – apresentaram o menor resultado desde o 1º trimestre de 2010, quando foram abatidas 427,84 mil cabeças.

“Esse resultado demonstra que, se este cenário de retenção mais intensa das fêmeas se perdurar, a tendência no médio prazo é de que a oferta de animais de reposição seja elevada. Já no curto prazo, essa oferta escassa de animais aptos para o abate vem influenciando e ditando o mercado físico do boi gordo”, diz.

Reflexo nas exportações de proteína

Naturalmente, o menor abate de animais entre janeiro e março deste ano causou recuo nas exportações de carne bovina. No primeiro trimestre, segundo o Imea, foram embarcadas 101,91 mil toneladas, queda de 1,58% em relação ao mesmo período do ano passado.

Mas, em março, as exportações começaram a reagir. O estado embarcou 40,45 mil toneladas em Equivalente de Carcaça. Esse é o maior valor mensal de 2021 até o momento e representa alta de 37,37% frente ao resultado de fevereiro e de 7,78% em relação ao mesmo mês de 2020.

De acordo com o Imea, vale destacar que os parceiros internacionais que apresentaram um aumento mais expressivo nas compras foram os países do Oriente Médio e a China, somada a Hong Kong, com incrementos de 43,51% e 40,6%, respectivamente. E

“sse cenário foi justificado pelo retorno dos embarques após as festividades do Ano Novo chinês. Além disso, o gigante asiático ainda sofre com as consequências geradas pela peste suína africana e, por isso, continua demandando grandes volumes de carne bovina”, pontua.

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