Com preços em queda, as exportações totais de carne bovina em maio recuaram 11% em receita, ainda que os embarques do produto tenham crescido 11% na comparação com igual mês de 2022, informou a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), que compilou os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O faturamento foi de US$ 965,2 milhões ante US$ 1,086 bilhão em maio do ano passado e o volume foi de 200.849 toneladas frente a 180.387 toneladas. O preço médio de maio de 2022 foi de US$ 6.030 por tonelada e o de maio de 2023 de US$ 4.805 por tonelada.
Ainda conforme a Abrafrigo, no acumulado do ano as exportações de carne bovina geraram receita de US$ 3,847 bilhões e volume de 840.419 toneladas, queda de 24% e de 8%, respectivamente. O preço médio obtido por tonelada nos cinco meses foi de US$ 4.578, contra US$ 5.593 em igual período do ano anterior.
A China continua sendo o principal destino da carne bovina brasileira. Em maio, o país importou 112.338 toneladas, ante 40.909 toneladas em abril. Nos primeiros cinco meses do ano, as importações chinesas alcançaram 381.447 toneladas (45,4% do total) e a receita US$ 1,911 bilhão (49,7% do total). No ano passado, no mesmo período, as exportações para lá geraram receita de US$ 2,922 bilhões e movimentação de 440.043 toneladas, “sem os efeitos da suspensão das compras devido a confirmação do caso atípico de EBB (vaca louca)”, ressalta a Abrafrigo.
Os Estados Unidos vêm em segundo lugar na lista dos 20 maiores compradores da carne bovina brasileira. Nos primeiros cinco meses do ano os norte-americanos compraram 93.307 toneladas (+3%), com receita de US$ 413 milhões (-17,3%). O Chile ficou em terceiro lugar, com 34.447 toneladas em 2023 (+11,6%). Depois aparecem o Egito, com 38.579 toneladas neste ano (-42,3%), Hong Kong, com 43.437 toneladas, e Emirados Árabes, com 22.837 toneladas. “No total, 71 países aumentaram suas importações nos cinco primeiros meses de 2023, enquanto outros 80 diminuíram.”
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