O Canadá autorizou o início da importação de carne bovina e suína in natura do Brasil. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (14) pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que está em viagem ao Canadá.
A expectativa da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) é positiva.
De acordo com o diretor-presidente da Acrimat, Oswaldo Pereira Ribeiro Júnior, com o mercado canadense, todos os elos da cadeia da pecuária de corte mato-grossense serão atingidos, da porteira aos frigoríficos.
Segundo a Acrimat, o Canadá é um importante mercado consumidor e tem um elevado grau de exigência em relação à qualidade e origem da proteína animal.
“O Canadá abre as portas para as carnes bovina e suína do Brasil, mas principalmente garante um suprimento maior e mais efetivo do potássio, que é um fertilizante importante e fundamental e que o Brasil importa muito. Com o fechamento do mercado de fertilizantes em razão da situação da Rússia e Ucrânia, o Ministério da Agricultura teve de ir atrás de novos fornecedores. O Brasil continua sendo importante na segurança alimentar de muitos países e essa tendência deve seguir e aumentar ainda mais até o final do ano”, afirma Oswaldo Pereira.
Com o anúncio do início do mercado canadense e levando em conta o market share do Brasil para bovinos e suínos é possível estimar exportações da ordem de US$ 150 milhões por ano, de acordo com o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Orlando Leite Ribeiro.
“O Canadá não tem imposto de importação para suínos, esse é um mercado que pode ir além do market share basileiro. No caso de carne bovina, existe uma alíquota de cercade 26,5% de importação, mas podemos ter acesso àquele mercado via uma quota da Organização Mundial do Comércio de 76,4 mil toneladas, com tarifa de 0%”, diz Pereira.
Desde o início de 2019, o Brasil ultrapassou a marca de 200 novos mercados externos abertos para produtos agropecuários , segundo o Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).