Os preços do boi gordo voltaram a subir em algumas regiões produtoras nesta quarta-feira, 16. “A oferta de animais terminados não evolui. Com isso, é gerada uma latente dificuldade para os frigoríficos alongarem suas escalas de abate”, diz o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.
Segundo ele, a oferta não tende a melhorar no restante do ano, uma vez que a estiagem prolongada é uma realidade no Centro-Sul do país, tardando o desenvolvimento dos animais de pasto, que devem estar aptos ao abate apenas no primeiro trimestre de 2021.
Em relação à demanda, o destaque de 2020 seguem em relação as exportações, com a China ainda absorvendo um montante relevante de carne bovina brasileira.
Em São Paulo, Capital, os preços do mercado à vista ficaram em R$ 252 a arroba, estáveis na comparação com a terça-feira, 15. Em Uberaba (MG), os preços ficaram em R$ 250 a arroba, contra R$ 249 na terça. Em Dourados (MS), a cotação chegou em R$ 247 a arroba, ante R$ 246. Em Goiânia (GO), o valor indicado foi de R$ 242, inalterado. Já em Cuiabá, o preço ficou estável, em R$ 230 a arroba.
Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem subindo gradualmente. Conforme Iglesias, a tendência de curto prazo remete a menor espaço para reajustes, avaliando a reposição mais lenta entre atacado e varejo no decorrer da segunda quinzena do mês, período que conta com menor apelo ao consumo.
Com isso, a ponta de agulha subiu de R$ 14,10 o quilo para R$ 14,15 o quilo. O corte dianteiro permaneceu em R$ 14,20 o quilo, e o corte traseiro passou de R$ 17,70 o quilo para R$ 17,75 o quilo.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em baixa de 0,92%, sendo negociado a R$ 5,2400 para venda e a R$ 5,2380 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,2130 e a máxima de R$ 5,2750.