O mercado físico de boi gordo teve mais um dia arrastado de negócios nesta quarta-feira, 23. Segundo o analista de Safras & Mercado, Allan Maia, predominou mais uma vez no dia um clima de feriado, com pouca oferta de boi disponível por conta da ausência de grande parte dos pecuaristas das mesas de negociação, “fator que acabou dificultando o avanço das escalas de abate dos frigoríficos para o início de 2021, levando a indicações firmes para compra”, diz o analista.
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Apesar disso, em São Paulo aconteceram negócios pontuais entre R$ 265/270 a arroba, dependendo do prazo de pagamento. “A perspectiva é que o mercado permaneça travado e com uma logística complicada até o fechamento do mês. Alguns pontos merecem atenção para as próximas semanas, como o atraso do boi de pasto devido à estiagem registrada no país nos últimos meses e qual será o ritmo de exportações”, assinala Maia.
Em Minas Gerais, as indicações subiram no decorrer do dia. Na região de Uberlândia, a indicação de comprador foi de R$ 258/@ à vista. Em Goiânia, os preços ficaram em R$ 245 à vista e a R$ 247 a prazo. No Mato Grosso do Sul, as cotações também subiram. Em Campo Grande, a indicação de comprador chegou a R$ 246 a prazo e, em Dourados, a arroba ficou a R$ 246 a prazo. No Mato Grosso, os preços ficaram firmes ao longo do dia. Em Cuiabá, o valor foi de R$ 243 a prazo.
Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram de estáveis mais altos. Conforme Maia, a valorização dos cortes mais nobres é consequência do crescimento da demanda típico de final de ano. “A expectativa gira em torno de como será o comportamento do consumidor após a virada de ano, com menos poder de compra e em um ambiente econômico ainda adverso, além do risco de novos apertos devido ao avanço da pandemia”, avalia.
Com isso, o corte traseiro aumentou dez centavos, indo a R$ 19,20 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 14,40 o quilo, assim como a ponta de agulha.