Os estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e do Mato Grosso agora são reconhecidos internacionalmente como zonas livres de febre aftosa sem vacinação.
De acordo dados divulgados nesta quinta-feira, 27, durante uma live de comemoração do Ministério da Agricultura, ao todo, são mais de 40 milhões de cabeças que deixam de ser vacinadas, o que corresponde a cerca de 20% do rebanho bovino brasileiro, e 60 milhões de doses anuais da vacina que deixam de ser utilizadas, gerando uma economia de aproximadamente R$ 90 milhões ao produtor rural.
O reconhecimento foi concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
Segundo o comentarista e ex-secretário de Política Agrícola Benedito Rosa, a luta para chegar até aqui começou na década de 1970. “Os pecuaristas lutaram bravamente para conquistar esses status. Há motivos para comemoração e, como estamos vendo, essa é a vitória para a carne brasileira, que estará com status superior e possibilitará a abertura para mercados que usam esse termo como barreira não tarifária para a entrada do nosso produto”, disse.
Com a nova determinação, explica Benedito, aumenta também a responsabilidade do pecuarista e do governo. “Precisa aumentar a vigilância, pois o maior interessado nesse processo é o próprio criador. A estrutura do governo, com equipamentos e vigilância de animais nas fronteiras são importantes, inclusive com um fundo disponível para ação rápida em caso de novo foco”, completou.