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Diversos

Boi: ausência da China e chuvas complicam cenário para o pecuarista, diz Safras

Para o pecuarista, o quadro permanece complicado, considerando o alto custo de nutrição animal para manter os animais confinados, diz analista

O mercado físico de boi gordo registrou preços estáveis nesta terça-feira. Segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os frigoríficos seguem exercendo pressão em um ambiente ainda pessimista pelo ponto de vista dos criadores.

“Para o pecuarista, o quadro permanece complicado, considerando o alto custo de nutrição animal para manter os animais confinados. Somado a isso, a chegada das chuvas sazonais no Sudeste e Centro-Oeste é um complicador adicional, dificultando o manejo dos pastos e, por consequência, a capacidade de retenção”, assinalou Iglesias.

Em relação à China, rumores apontam que as autoridades locais irão reabrir seu mercado à carne brasileira a partir do dia oito, mas ainda não há nada oficial. “O fato é que a cada dia sem o nosso principal mercado, pior se torna o quadro para a cadeia produtiva de carne bovina”, salientou o analista.

Com isso, em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 280 na modalidade à prazo, estável na comparação com a terça-feira. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 265, ante R$ 275. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 275, contra R$ 280. Em Cuiabá, o boi gordo foi negociado por R$ 274, contra R$ 279. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 275 a arroba, ante R$ 280.

Atacado

O mercado atacadista registrou preços predominantemente mais baixos para a carne bovina. “A atual conjuntura indica que os preços seguirão pressionados mesmo na primeira quinzena do mês, período típico de repique de consumos com a entrada da massa salarial”, disse Iglesias. Com muito volume que teria destino ao mercado chinês ainda armazenado nas câmaras frias, prossegue o temor de que os frigoríficos tenham que desová-lo para consumo interno, o que provocaria uma derrocada nos preços também da arroba do boi.

Com isso, o quarto traseiro ainda foi precificado a R$ 21,25 por quilo. O quarto dianteiro ainda é cotado a R$ 15,30 por quilo, contra R$ 15,80 ontem e a ponta de agulha caiu de R$ 15,70 por quilo para R$ 15.

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