O mercado físico de boi gordo registrou preços estáveis a mais altos nesta quarta-feira, 3. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a situação de muitos frigoríficos é preocupante diante do robusto encarecimento da matéria-prima.
“Como muitas unidades não são habilitadas a exportar, dependem do mercado doméstico para a obtenção de receitas. O grande problema está na dificuldade de repasse do custo adicional ao longo da cadeia produtiva”, assinalou Iglesias.
- Assocon: ‘Boi gordo estaria em R$ 340 se tivesse acompanhado os custos’
- Carne mais cara no açougue? Explicação vai além da alta da arroba do boi gordo
Porém, a complicada situação econômica do país resulta em uma menor perspectiva de alta dos preços da carne bovina, que já estão em um patamar proibitivo para a maior parte dos consumidores.
Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou a R$ 301, estáveis. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 290, inalterado. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 291, estável. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 289, ante R$ 285. Em Uberaba, Minas Gerais, os valores chegaram a R$ 299, contra R$ 298 na terça.
Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem acomodados. Conforme Iglesias, há pouco espaço para novas reações dos preço, avaliando a dificuldade do consumidor médio em absorver novos reajustes, simplesmente migrando para proteínas mais acessíveis. A carne de frango ainda detém a preferência do consumidor médio, tendência que deve se consolidar no decorrer do primeiro semestre.
Com isso, o corte traseiro permaneceu em R$ 20,80 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 15,60 o quilo, enquanto a ponta de agulha seguiu em R$ 15,60 o quilo.