O mercado físico do boi gordo volta a se deparar com preços mais altos ao longo da terça-feira, 19. O analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, diz que o ritmo de negócios ainda é cadenciado em função da oferta restrita em grande parte do país. As escalas de abate seguem posicionadas entre três e quatro dias úteis.
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“A expectativa é que haja um maior volume de animais de safra terminados em meados de março, consequência da estiagem prolongada que prejudicou o desenvolvimento das pastagens no segundo semestre do ano passado”, comenta Iglesias. Em relação à demanda doméstica, o cenário ainda é preocupante, avaliando a descapitalização do brasileiro médio, ainda às voltas com despesas tradicionais a esse período do ano, a exemplo do IPTU, IPVA e da compra de material escolar.
Na capital de São Paulo, a referência para a arroba do boi gordo ficou a R$ 293 contra R$ 290 a arroba desta segunda. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 285, no comparativo com R$ 280 da segunda. Em Dourados (MS), a arroba passou de R$ 278 para R$ 280. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 273, ante R$ 278 anteriormente. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 286, contra R$ 280.
Atacado
O mercado atacadista voltou a se deparar com preços acomodados. O ambiente de negócios ainda sugere por maior dificuldade em reajustes durante a segunda quinzena do mês, uma vez que o consumidor final não tem capacidade para absorver novos reajustes da carne bovina, simplesmente migrando para proteínas mais acessíveis, prioritariamente a carne de frango. Somado a isso, a segunda quinzena do mês costuma apresentar um menor fluxo de negociações.
O Corte traseiro foi precificado a R$ 20,80, por quilo. Ponta de agulha segue no patamar de R$ 15,50, por quilo. Corte dianteiro também foi cotado a R$ 15,50, por quilo.