Por causa da entressafra, redução no consumo e entrada de carne de outros estados, os frigoríficos do Rio Grande do Sul estão abatendo 40% abaixo de sua capacidade, de acordo com o presidente do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do estado, Ronei Lauxen.
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“Essa época do ano já é marcada por uma certa ociosidade das indústrias frigoríficas no Sul do país, principalmente pela menor oferta de gado como das características da entressafra. Com o final deste período, já começam a surgir mais animais para o abate, o que deve atender, ao menos de forma parcial, a demanda da indústria”, observa o coordenador do núcleo de estudos em sistemas de produção de bovinos de corte e cadeia produtiva da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Júlio Barcellos.
Ainda segundo ele, existe uma leitura equivocada sobre a capacidade da indústria da frigorífica de maneira geral.
“O que acontece é que a capacidade de abate está superdimensionada no Brasil, pois algumas plantas são antigas e com baixa eficiência. Diante de uma menor oferta, essas indústrias terão custos operacionais relativamente elevados, é um fenômeno natural neste período de inverno no Sul, mas que começa a perder força”, analisa.
Barcellos explica que a queda no preço do boi gordo observada em julho é um sinal de que a indústria aumentou a oferta de animais, e, diante desse cenário, consegue precificar com valores menores o boi gordo no mercado interno.