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Boi gordo fecha semana com nova queda na arroba

Frigoríficos conseguiram realizar negócios abaixo da referência média, garantindo uma posição confortável em suas escalas de abate

O mercado físico de boi gordo registrou preços em baixa nesta sexta-feira, 15. Segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os frigoríficos conseguiram realizar vários negócios abaixo da referência média no fechamento da semana e mantiveram, assim, uma posição confortável em suas escalas de abate.

No entanto, as unidades habilitadas a exportar para a China ainda operam com maior capacidade ociosa, aguardando o término do autoembargo brasileiro. “O ambiente de negócios ainda sugere pela continuidade do movimento de queda no curto prazo. O cenário para os confinadores segue bastante complicado, avaliando as dificuldades em manter os animais nos confinamentos, além do alto custo de nutrição animal, a incidência de chuvas no Centro-Sul do país dificulta o manejo”, assinalou Iglesias.

Com isso, em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 270 na modalidade à prazo, contra R$ 272 na quinta-feira. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 250, contra R$ 255. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 270, estável. Em Cuiabá, a arroba foi vendida por R$ 258, ante R$ 259. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 260 a arroba, ante R$ 275.

Atacado

Os preços da carne bovina também caíram no atacado no dia. Conforme Iglesias, já há reportes de frigoríficos disponibilizando parte de seu estoque outrora destinado à exportação no mercado doméstico, o que eleva a pressão sobre os preços internos. “A tendência de curto prazo é de intensificação desse movimento, o que tende a contaminar as proteínas concorrentes, a exemplo da carne de frango e da carne suína. Importante mencionar que essa retração dos preços do atacado ainda não chegou ao consumidor final no varejo, que tradicionalmente repassa esse tipo de variação de maneira mais lenta”, completou Iglesias.

O corte traseiro foi precificado a R$ 20,80 por quilo, queda de R$ 0,20. O corte dianteiro foi precificado a R$ 14,30 por quilo, queda de R$ 0,20. Já a ponta de agulha permaneceu com preço de R$ 14 por quilo.