O mercado físico do boi gordo encerra a semana apresentando preços mais altos em determinadas regiões do país. O quadro de restrição de oferta foi um elemento chave em todo o primeiro trimestre, justificando todo esse movimento de alta evidenciado.
A movimentação cambial ao longo da semana ofereceu fôlego aos frigoríficos exportadores, principalmente aqueles habilitados para atender o mercado chinês. O contraponto segue na situação da demanda doméstica, novas medidas de lockdown colocam em xeque a atuação de bares e restaurantes neste início de ano.
Isso certamente produz impactos em torno da reposição entre atacado e varejo. Somado a isso precisa ser citada a dificuldade do consumidor médio em absorver novos reajustes da carne bovina no atacado, a carne de frango ainda tem a predileção de importante parcela da população brasileira.
A semana encerrou com o boi gordo valendo R$ 307 em São Paulo, R$ 295 em Goiás, R$ 303 em Minas Gerais, R$ 293 em Mato Grosso do Sul e R$ 293 em Mato Grosso.
Atacado
O mercado atacadista apresenta acomodação em seus preços no decorrer da sexta-feira, o ambiente de negócios segue sugerindo por pouco espaço para reajustes no curto prazo.
O lockdown no principal centro consumidor do país, São Paulo, impactará diretamente no consumo dos cortes nobres bovinos, ou seja, no quarto traseiro, isso porque o funcionamento de bares e de restaurante será prejudicado. De qualquer forma a expectativa é que a carne de frango siga ganhando mercado no curto e no médio prazo, avaliando a descapitalização do brasileiro médio.
O corte traseiro ainda é precificado a R$ 19,30, por quilo. Já o corte dianteiro é cotado a R$ 15,40, por quilo. A ponta de agulha também permanece precificada a R$ 15,40, por quilo.