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Boi gordo: oferta de boiadas aumenta no mercado e preços estabilizam

Com pastagens desgastadas por conta da estiagem, a capacidade de retenção por parte do pecuarista foi  bastante reduzida

O mercado físico de boi gordo registrou preços estáveis nesta quinta-feira, 13. Segundo o analista de Safras &  Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o mercado apresentou bom ritmo de negócios no decorrer da semana. Os  frigoríficos encontraram espaço para pressionar os pecuaristas diante da maior disponibilidade de boiadas. Com as  pastagens desgastadas por conta da prolongada estiagem, a capacidade de retenção por parte do pecuarista foi  bastante reduzida.

“No entanto, já são evidenciadas dificuldades em reduzir de maneira ainda mais agressiva as indicações de preços,  com indicações de negócios saindo acima das referências médias em muitos estados, incluindo São Paulo”, disse Iglesias.

Para o início da entressafra, a expectativa é de maior propensão a reajustes, em linha com a potencial redução do  confinamento de primeiro giro, resultado da forte elevação dos custos pecuários no decorrer de 2021.

“Em relação à demanda doméstica de carne bovina, há uma grande expectativa pelo avanço da vacinação contra a Covid-19, permitindo uma retomada ordenada da atividade econômica, incorrendo em um menor risco de colapso do sistema de saúde”, assinalou.

Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 304. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 290, estável. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 294. Em Cuiabá, os valor chegou em R$ 301. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 297 a arroba, inalterados.

Atacado

No mercado atacadista, os preços da carne bovina se estabilizaram após as quedas registradas nesta quarta. Conforme  Iglesias, para a segunda quinzena do mês a expectativa é de continuidade do movimento de recuo nos preços, em  linha com a reposição mais lenta entre atacado e varejo em um período de menor consumo.

A predileção do consumidor médio ainda recai por proteínas mais acessíveis, a exemplo dos cortes do dianteiro  bovino e principalmente a carne de frango, a mais acessível dentre as proteínas mais consumidas no Brasil.

Com isso, o corte traseiro teve preço de R$ 20,35 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 17,35 o quilo, e a ponta  de agulha permaneceu em R$ 17,35 o quilo.