O mercado físico de boi gordo registrou preços estáveis nesta terça-feira. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os frigoríficos ainda tentam realizar negócios abaixo da referência média, consequência de uma posição mais confortável em suas escalas de abate, posicionadas entre quatro e cinco dias úteis. No entanto, sem a aderência do pecuarista.
“A oferta de animais terminados permanece restrita em grande parte do país, consequência da retração do primeiro giro de confinamento em 2021”, disse ele.
Em relação à China, persistem as incertezas no mercado. O governo chinês assumirá uma postura mais controladora em relação à divulgação de dados, ou seja, o acesso à informação que já é complicada se tornará ainda mais restrita. “As informações no geral são desencontradas, com agências de notícias apontando para um surto descontrolado da Peste Suína Africana, ainda sem a confirmação da FAO ou da OIE. De concreto apenas a consistente queda dos preços no mercado local”, assinalou o analista.
Com isso, em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 320,00, na modalidade à prazo. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 305,00. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 313,00, inalterada. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 309,00, inalterada. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 316,00 a arroba.
Atacado
Já no mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram estáveis. “O ambiente de negócios ainda sugere pela continuidade do movimento de alta no curto prazo, em linha com a entrada dos salários na economia, motivando a reposição entre atacado e varejo. A carne de frango ainda dispõe da predileção do consumidor médio, avaliando a situação macroeconômica de momento”, disse Iglesias.
Com isso, o corte traseiro teve preço de R$ 20,75 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 17,30 o quilo e a ponta de agulha permaneceu em R$ 17,40 o quilo.