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Boi gordo: preços podem ter chegado ao limite no mercado físico, diz Safras

De acordo com analista da consultoria, a margem apertada da indústria impede altas mais expressivas na arroba 

Boi
Foto: Pedro Silvestre/Canal Rural

O mercado físico do boi gordo apresentou preços estáveis nesta quarta-feira, 27. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o mercado aparenta ter alcançado um teto em seus preços. “A margem desgastada da indústria frigorífica tem se mostrado um enorme empecilho para movimentos ainda mais robustos de alta. No entanto, ainda não há indícios de aumento da oferta”, comenta.

Iglesias diz que os frigoríficos ainda encontram grande dificuldade em compor suas escalas de abate, que ainda atendem entre três e quatro dias úteis. A expectativa é que uma entrada mais significativa ocorra apenas em
meados de março, quando os animais tendem a atingir o peso ideal para abate.

Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 298/299 a arroba, estável. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço estável de R$ 290. Em Dourados (MS), a arroba permaneceu em R$ 287. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 280, inalterada. Em Uberaba, Minas Gerais, preços estáveis em R$ 295 a arroba.

Atacado

O mercado atacadista volta se deparar com acomodação em seus preços. No interior de São Paulo, a mudança da alíquota do ICMS local produz uma dificuldade adicional no escoamento da carne bovina. “Alguns frigoríficos sinalizam
para câmaras frias lotadas. Esse aspecto é bastante relevante, uma vez que pode determinar mudanças nas estratégias dos frigoríficos na aquisição de boiadas”, observou Iglesias. Além disso, os preços proibitivos da carne
bovina remetem a um consumo cada vez maior de proteínas mais acessíveis, enfaticamente o caso da carne de frango.

O corte traseiro ainda é precificado a R$ 20,80, por quilo. Ponta de agulha segue no patamar de R$ 15,50, por quilo. Corte dianteiro também permanece cotado a R$ 15,50, por quilo.