O mercado físico de boi gordo teve preços novamente mais altos nesta quarta-feira, 13. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os negócios aconteceram de forma mais fluída, apesar de outra rodada de reajuste de preços nas principais praças de produção e comercialização do país.
- Boi estabiliza mas vaca e novilha gordas sobem, aponta Scot Consultoria
- Vídeo triste: raio mata 35 bezerros e 1 boi gordo em Rondônia
A alta dos preços resultou em alguma melhora das escalas de abate, que agora estão posicionadas em média entre três e quatro dias úteis. O volume ofertado nesta semana era oferta residual de confinamentos, uma vez que os animais de pasto seguem distantes do peso ideal para abate. “Esta é uma consequência da estiagem prolongada que castigou o Centro-Sul do país durante o segundo semestre, prejudicando o desenvolvimento das pastagens, o que vai atrasar a entrada de animais de safra no mercado”, assinala Iglesias.
Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou a R$ 290, contra R$ 287 na terça. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 280, contra R$ 275. Em Dourados (MS), a arroba subiu de R$ 274 para R$ 275. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 266 contra R$ 265 a arroba na terça-feira. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ permaneceram estáveis, em R$ 285.
Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem firmes. Conforme Iglesias, a grande justificativa para a consistente alta dos preços no decorrer da primeira quinzena de janeiro está no desabastecimento das redes varejistas, que também retornam das festas necessitando de estoques. “Já para o restante do mês, o cenário é mais complicado, avaliando a descapitalização do consumidor médio”, disse Iglesias.
Com isso, o corte traseiro permaneceu em R$ 20,80 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 15,50 o quilo, enquanto a ponta de agulha seguiu em R$ 15,50 o quilo.