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Boi gordo: valor da arroba perde mais força e chega a R$ 290 em SP

Cenário complica margem dos criadores, que tem como única alternativa vendas as boiadas diante diante da alta no custo do confinamento

O mercado físico de boi gordo voltou a registrar preços mais baixos nesta sexta-feira, 1. Segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, novamente a ausência da alternativa de exportar para a China exigiu alteração na estratégia dos frigoríficos, que passaram a pressionar os pecuaristas com mais ênfase por preços mais atrativos para as boiadas.

Já os criadores não se deparam com as melhores condições de retenção do gado nos confinamentos, avaliando a estrutura de custos bastante inflacionada no ano. “Basicamente, a manutenção dos animais nos confinamentos representa estreitamento da margem operacional, restando a única alternativa de vender as boiadas. A consequência disso é o derretimento dos preços da arroba em todas as regiões, com quedas contundentes”, salientou Iglesias.

Na próxima semana, devido a um feriado prolongado na China que vai dificultar uma resposta das autoridades locais em relação ao esclarecimentos do embargo autoimposto pelo Brasil às exportações para o gigante asiático devido aos casos de vaca louca registrados em setembro, a expectativa é que os frigoríficos sigam exercendo pressão, considerando ainda o cenário do mercado doméstico, que não consegue absorver um animal custando na faixa de 300 reais por arroba.

Com isso, em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 290 na modalidade à prazo. Em Goiânia (GO), a arroba caiu de R$ 280 para R$ 275. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 284, contra R$ 292. Em Cuiabá, o valor da arroba ficou em R$ 280, contra R$ 282. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 287 a arroba, contra R$ 293 a arroba ontem.

Atacado

Já os preços da carne bovina ficaram estáveis no atacado. Há pouco espaço para altas, mesmo durante a primeira quinzena do mês, período habitualmente marcado por aceleração na reposição entre as cadeias com a entrada da massa salarial e o consequente crescimento do consumo.

Com isso, o quarto traseiro ainda é precificado a R$ 21,25 por quilo. Quarto dianteiro ainda é cotado a R$ 15,80 por quilo. Ponta de agulha segue precificada a R$ 15,70 por quilo.