O mercado físico de boi gordo teve mais um dia arrastado de negócios nesta segunda-feira, 21. Segundo o analista de Safras & Mercado, Allan Maia, a lentidão tende a se intensificar no curto prazo devido aos feriados. “O volume de ofertas está diminuindo, com pecuaristas menos dispostos em negociar e com alguns saindo de mercado”, destaca.
Em São Paulo, há relato de negócios entre R$ 260/265 dependendo do prazo de pagamento.
Os frigoríficos em sua grande maioria apontam para uma escala de abate confortável, para o fechamento do ano, mas tendem a encontrar uma dificuldade para alongarem para os primeiros dias úteis de 2021, devido ao quadro de lentidão deste momento, com mercado esvaziado e menos bois disponíveis.
“Vale destacar que o boi de pasto deve atrasar no início do ano, considerando a estiagem registrada nos últimos meses”, assinala Maia.
No estado de São Paulo, o mercado está travado com relato de negócio entre R$ 260/265 a arroba, dependendo do prazo. Para animais destinados ao mercado chinês, a indicação de comprador está entre R$ 252/255 à vista e R$ 255/260 a prazo. Para animais destinados ao mercado doméstico, a indicação de preço é de R$ 250 a prazo.
Em Minas Gerais, o mercado permaneceu firme no decorrer do dia. Na região de Uberlândia a indicação de comprador posicionado a R$ 254 à vista. Em Goiânia, o preço subiu para R$ 244/245 à vista e a R$ 246/247 a prazo.
No Mato Grosso do Sul, os preços ficaram estáveis nesta segunda. Em Campo Grande, a indicação de comprador ficou a R$ 244 a prazo e em Dourados a arroba a R$ 244 a prazo. No Mato Grosso, os preços estão acomodados. Em Cuiabá, o valor chegou a R$ 243 a prazo.
Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram de estáveis a mais altos. Conforme Maia, a alta nos cortes mais nobres reflete um repique na demanda relacionada às festividades de final de ano
Com isso, o corte traseiro subiu dez centavos, passando para R$ 19,10 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 14,40 o quilo, assim como a ponta de agulha, ambos estáveis.