O mercado de inseminação artificial de bovinos no Brasil ganha espaço diante do crescente interesse dos criadores pela genética bovina brasileira aliado ao baixo custo das tecnologias ofertadas. Com base na movimentação do primeiro trimestre deste ano, o setor espera um crescimento de cerca de 25% em 2021. A afirmação é do presidente da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia), Márcio Nery, feita durante participação na Expozebu, nesta terça-feira, 4.
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De acordo com o presidente da entidade, mesmo com a chegada da pandemia em 2020, o mercado da inseminação artificial se mantém aquecido e com alta demanda, tanto no âmbito nacional, quanto das exportações. Nery explica que o sucesso se dá pelos benefícios que a tecnologia oferece aos criadores. “É um investimento de baixo custo, levando em consideração o aumento da soja, do milho e da energia, a inseminação artificial representa menos de 1% do custo da produção de um litro de leite ou de uma arroba de carne”, esclarece.
Além de reduzir custos, o melhoramento genético proporciona uma produção mais sustentável, já que atua sobre precocidade sexual, eficiência alimentar e resistência a doenças. “É o único insumo permanente que o produtor coloca da porteira pra dentro, indo direto na relação de sustentabilidade, aumentando a produtividade em até quatro vezes, sem agredir um palmo de floresta e com o mesmo rebanho”, diz.
Atualmente, de acordo com dados da Asbia, 79% dos municípios brasileiros utilizam a tecnologia da inseminação artificial no melhoramento dos rebanhos. No ano de 2020, a produção de sêmen no país cresceu 36%. O mercado internacional fechou o ano com a comercialização de 500 mil doses. Os principais compradores foram os países da América Central, África, Ásia, Oceania e região Sul dos Estados Unidos.
Nery reforça que o interesse do mundo pelo material genético produzido no Brasil é cada vez maior e que o país tem muito a conquistar no aspecto das exportações. “Podemos chegar facilmente a um milhão de doses exportadas. Existem grandes demandas na Ásia e na Índia, e nós, da Asbia, juntamente com o Mapa e a ABCZ, estamos trabalhando para melhorar os protocolos sanitários para atingirmos novos mercados”, conclui.