O ministério da Agricultura e Assuntos Gerais da China declarou que o país deve estar totalmente recuperado dos danos da peste suína africana já no primeiro semestre de 2021. De acordo com o órgão, até o fim de novembro, os estoques de suínos vivos e fêmeas reprodutoras atingiram mais de 90% dos níveis registrados antes do alastramento da doença que dizimou o plantel chinês em 2018.
O número de matrizes reprodutoras monitoradas pelo ministério aumentou para mais de 41 milhões enquanto o de suínos vivos ultrapassou 400 milhões. Ainda segundo o departamento chinês, a oferta de carne suína na china neste ano deve aumentar 30% em relação as festas de 2019.
“Desde 2018 os chineses vêm investindo em alta tecnologia para reprodução de matrizes suínas. Esse crescimento não é à toa. A carne suína é fundamental para o abastecimento local, de mais de 1 bilhão de pessoas. A China não pode ser pega de surpresa quanto o assunto é abastecimento”, diz o comentarista do Canal Rural, Benedito Rosa.
De acordo com ele, a recuperação do plantel chinês terá impactos para os produtores no Brasil. “É provável que as importações de carne suína do Brasil tenham queda, por isso devemos buscar mercados alternativos e acabar com a ‘Chinadependência’ que existe na suinocultura, para que não se repita o que aconteceu com a Rússia”, complementa o comentarista.