As exportações de carne suína do Brasil somaram 66,843 mil toneladas em julho, representando um recuo de 25% em relação ao volume embarcado em igual período de 2020, quando foram embarcadas 90,246 mil toneladas, segundo dados preliminares divulgados nesta segunda, 2, pelo ministério da Economia.
Segundo Allan Maia, analista da consultoria Safras & Mercado, apesar da queda no volume embarcado, as exportações de carne suína do Brasil seguem com bom ritmo neste ano.
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“O resultado está em linha com o que vínhamos acompanhando nos últimos meses, já que o dado consolidado pode superar a marca de 103 mil toneladas de carne suína embarcadas. O que chama a atenção é a queda no preço médio por tonelada, que neste mês caiu em função da renegociação de contratos por parte de China”, destaca, Allan.
A China, aliás, segue como principal mercado para a carne suína brasileira. Das mais de 66 mil toneladas exportadas, o país asiático deve absorver cerca de 50 mil toneladas, segundo o analista da Safras.
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De acordo com Maia, as notícias do aumento de casos de peste suína africana em território chinês ainda não têm influência sobre o mercado internacional de carne suína.
“O mercado hoje trabalha com duas hipóteses. A primeira de que o governo da China realmente conseguiu controlar os focos de PSA no país, e uma segunda onde as autoridades estariam abafando os casos. Com base no que o próprio governo vem afirmando (aumento na produção local de suínos), acredito que o plantel já está reestabelecido aos níveis observados em 2017”, afirma o analista.
Na avaliação de Maia, neste momento, o único fator que pode frear um ímpeto das exportações do Brasil é uma redução nos preços pago pelo suíno na China. “Ela vai continuar demandante por carne suína até o final do ano. Especialmente agora, com as notícias de que os Estados Unidos seguram as vendas de carne suína ao mercado externo para garantir o abastecimento local”, finaliza.
