O mercado físico do boi gordo encerra a semana apresentando preços firmes em grande parte do país. Aparentemente, o teto deste movimento de alta foi alcançado, destaca a consultoria Safras & Mercado. No entanto, a situação das escalas de abate não apresentou significativo avanço, salvo uma ou outra exceção, comenta o consultor de Safras, Fernando Henrique Iglesias.
“A oferta restrita impossibilita que os frigoríficos exerçam uma pressão mais efetiva sobre o mercado. Basicamente, resta a alternativa de trabalhar a capacidade de abate, mitigando os efeitos do encarecimento da matéria-prima”, afirma. Segundo ele, a demanda doméstica limita movimentos ainda mais robustos de alta do boi gordo, considerando que o consumidor médio permanece descapitalizado e opta pelo consumo de proteínas mais acessíveis, a exemplo da carne de frango.
Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou a R$ 298 a arroba, contra R$ 296 a arroba nesta quinta. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço estável de R$ 290. Em Dourados (MS), a arroba passou de R$ 284 para R$ 286. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 280 no comparativo com R$ 278 do dia anterior. Em Uberaba, Minas Gerais, os valores chegaram a R$ 293, contra R$ 290.
Atacado
O mercado atacadista permaneceu com seus preços firmes no decorrer da sexta-feira, O ambiente de negócios sugere pouco espaço para reação dos preços, em linha com uma reposição mais lenta entre atacado e varejo no decorrer da segunda quinzena do mês. Somado a isso precisa ser citada a dificuldade que o consumidor médio se depara em absorver novos reajustes da carne bovina no varejo, simplesmente migrando para proteínas mais acessíveis.
O Corte traseiro foi precificado a R$ 20,80, por quilo. Ponta de agulha segue no patamar de R$ 15,50, por quilo. Corte dianteiro também foi cotado a R$ 15,50, por quilo.