O preço do suíno vivo em Minas Gerais caiu 12,6% em uma semana, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). O quilo caiu de R$ 8,68 para R$ 7,59 na quarta-feira, 2.
Já em São Paulo, o animal valia R$ 9 na quarta-feira da semana passada e recuou para R$ 7,90, queda de 12,5% no mesmo comparativo.
O Paraná registrou recuo parecido, de 12,1%, saindo de R$ 8,34 para R$ 7,34. Santa Catarina registrou queda de 9,6% e o Rio Grande do Sul, de 5,7%.
De acordo com o analista Felipe Fabbri, da Scot Consultoria, ao longo de novembro o dólar perdeu força, o que tornou a carne suína brasileira menos atrativa e impacto nas exportações, que perderam fôlego aos poucos. Apesar disso, ele ressalta que os embarques continuam em ritmos superiores a 2019, com alta de 26% no acumulado de janeiro a novembro.
Já no mercado interno, o consumo da proteína também arrefeceu com a diminuição do auxílio emergencial, que vinha sendo usado principalmente para reforçar a alimentação das famílias. Além disso, a indústria encontrou dificuldade para repassar as altas da matéria-prima para a carne, o que levou a ajuste nas cotações do animal vivo.
Para 2021, Fabbri não acredita que a China vá conseguir recuperar o plantel de suínos a ponto de oferecer grande risco para as exportações do Brasil. O país asiático, segundo o analista, deve levar um ou dois anos até conseguir restabelecer certo nível de produção.