O fim do embargo da China à carne bovina brasileira não foi o único acerto definido entre autoridades dos dois países, que nesta semana realizam séries de reuniões sob comando do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. Apuração do Canal Rural junto a autoridades do governo brasileiro dá conta de que mais plantas poderão negociar a proteína com o país asiático.
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De acordo com as informações, que em breve o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmará oficialmente, a China habilitou a importação a partir de quatro novos frigoríficos do Brasil. Além disso, outros dois vão poder retomar as negociações com o mercado chinês — isso porque a suspensão contra eles acabou de ser derrubada.
A lista das novas habilitações por parte da China, segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), é composta por:
- Unidade da JBS, em Vilhena (RO);
- Frigorífico Irmãos Gonçalves, em Jaru (RO);
- Frigorífico Astra, em Cruzeiro d’Oeste (PR); e
- Unidade da Frisa, em Colatina (ES).
A Abiec também informou, de acordo com o Estadão Conteúdo, que as suspensões foram derrubadas em favor do Frigorífico Redentor, localizado em Guarantã do Norte (MT) e que estava impedido de exportar a proteína vermelha desde agosto de 2022; e a planta da BRF em Marau (RS).
A ampliação do comércio entre Brasil e China é um dos objetivos centrais da comitiva que está na capital chinesa, Pequim, desde o início da semana. Além do corpo técnico do Mapa, Fávaro está acompanhado de mais de 100 empresários ligados ao agronegócio e representantes de entidades do setor produtivo.
Em vídeo no qual anunciou o fim do embargo da China para as exportações da carne bovina, o ministro avisou: a missão internacional visa aumentar a presença das carnes nacionais — inclusive a suína e de frango — no país asiático, que é o principal parceiro comercial do Brasil.
“Tenho certeza que esse é um passo para que o Brasil avance cada vez mais, com credenciamento de plantas e oportunidades para a pecuária brasileira”, disse Fávaro.
Protocolo entre Brasil e China
O Canal Rural também apurou que, por ora, o protocolo na parte sanitária entre Brasil e China seguirá ativo. Ou seja, em caso de futura notificação de mal da vaca louca — mesmo que seja o caso atípico, que não representa risco de contaminação para o rebanho e nem para seres humanos — o autoembargo por parte do governo brasileiro será feito de forma imediata e, assim, provocando a suspensão dos envios de carne bovina para o mercado chinês.
Editado por: Anderson Scardoelli.
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