No acumulado até outubro, o Brasil exportou 40,4% mais carne suína (in natura e processados) do que no mesmo período do ano passado. De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), foram embarcadas 853,4 mil toneladas nos primeiros dez meses deste ano, contra 607,7 mil toneladas.
Em receita, segundo a ABPA, a alta é ainda mais expressiva, chegando a 48,5%. Os embarques renderam ao país US$ 1,876 bilhão em 2020, contra US$ 1,264 bilhão no mesmo período de 2019.
Em outubro, as vendas de carne suína brasileira ao exterior totalizaram 88,5 mil toneladas, crescimento de 21,5% frente a outubro do ano anterior, quando foram exportadas 72,8 mil toneladas. Os negócios renderam US$ 199,4 milhões, o que significa alta de 24,5%.
Principais destinos da carne suína
A China continua sendo o principal destino da proteína, tendo adquirido 423,2 mil toneladas nos dez primeiros meses de 2020, volume 123% maior em relação ao mesmo período do ano anterior. Hong Kong importou 143,1 mil toneladas (+10%). Singapura e Vietnã foram destinos de, respectivamente, 45,5 mil toneladas (+57%) e 36,9 mil toneladas (+222%). Chile, no quinto posto, importou 33,5 mil toneladas (-10%).
“As vendas para a Ásia seguem sustentadas, especialmente para os destinos impactados por crises sanitárias de peste suína africana. A tendência é de continuidade desse quadro, apontando para projeções totais de 1 milhão de toneladas embarcadas pelo Brasil nos 12 meses deste ano”, afirma o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
Três maiores exportadores
Santa Catarina se mantém como principal exportador do setor, com 435,7 mil toneladas entre janeiro e outubro, número 51,6% superior em relação a 2019. O Rio Grande do Sul vem na sequência, com 215,6 mil toneladas embarcadas no mesmo período (+25,5%). O Paraná é o terceiro, tendo vendido 117,4 mil toneladas nos 10 primeiros meses do ano (+13,9%).