As exportações de carne suína do Paraná e do Rio Grande do Sul podem ser incrementadas em até 35% no próximo ano, após os dois estados receberem o certificado de zona livre de aftosa sem vacinação. A avaliação é da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
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Segundo a entidade, os exportadores de carne suína paranaenses e gaúchos podem aumentar suas vendas acima de 10% ainda este ano, podendo chegar aos 35% em 2022, quando comparado aos volumes embarcados em 2020. “Isto, com a possibilidade de embarques de carne suína com osso e miúdos para o mercado chinês – atual principal importador dos produtos brasileiros”, diz o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
No caso do Rio Grande do Sul, há potencial para alcançar até 293 mil toneladas de carne suína neste ano, gerando receita de aproximadamente US$ 715 milhões – 86 milhões a mais que em 2020. Em 2022, as vendas gaúchas poderão alcançar 350 mil toneladas, com uma receita cambial estimada de US$ 850 milhões. Como referência, em 2020 os embarques totais do estado alcançaram 261 mil toneladas com uma receita de US$ 629 milhões.
No caso do Paraná, existe potencial para que o estado exporte aproximadamente 145 mil toneladas de carne suína em 2021, um acréscimo de mais de 5% em relação ao ano de 2020, com receitas estimadas da ordem de US$ 332 milhões. Para 2022, estimativas indicam que poderão ser exportadas 165 mil toneladas com uma receita cambial de US$ 377 milhões
Juntos, Paraná e Rio Grande do Sul poderão ter receita cambial superior a US$ 1,2 bilhões em 2022, muito acima dos US$ 820 milhões auferidos em 2020.
“Estes estados terão possibilidade de acesso aos mercados mais exigentes do mundo, como é o caso do Japão, EUA, Coreia do Sul, Chile e Filipinas, e este reconhecimento reforça ainda mais a excelência dos serviços sanitários brasileiros, seja federal, estadual ou municipal”, ressalta o diretor de mercados da ABPA, Luís Rua.
Paraná e Rio Grande do Sul se somam aos estados do Acre e Rondônia e de parte do Amazonas e de Mato Grosso, que estão entre as novas áreas reconhecidas. Até então, apenas Santa Catarina era detentora deste status desde 2007.