Os altos custos de produção, aliados à seca em importantes bacias leiteiras, seguem limitando a oferta de leite no campo. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), isso fez as indústrias competirem pela compra da matéria-prima em maio, cenário que pode contribuir para a elevação do preço do leite pago ao produtor em junho.
Para o coordenador da Comissão de Bovinocultura de Leite da Federação de Agricultura do Estado de São Paulo, Wander Bastos, a valorização dos preços no mercado spot e a possibilidade de importação de milho de países como Argentina e Estados Unidos representam um respiro ao produtor.
“Isso deve chegar ao produtor pela necessidade, porque o produto vem quebrando nas propriedades, a produção está diminuindo, então as próprias usinas vão querer incentivar a produção. Eu vi essa semana uma notícias de uma produção muito boa de milho na Argentina, isso deve chegar ao brasil, não sei ainda a qual custo vai chegar, mas também o governo está reduzindo alíquotas para que o milho dos EUA venha. Talvez a gente tenha uma melhora no mercado do milho para os produtores. Então nós temos duas notícias boas: a alta do preço spot, que chega rápido ao produtor e a perspectiva de entrar milho. Pois a quebra na safra é certeza, mas se a gente tem oportunidade de trazer milho de fora já acende uma luz pro produtor”, disse.