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Diversos

Mercado do boi: conjuntura segue complicada para criadores e frigoríficos

Segundo a Safras & Mercado, o ambiente de negócios ainda sugere pela continuidade da pressão de queda no curto prazo

O mercado físico de boi gordo registrou preços de estáveis a mais baixos nas principais praças de produção e comercialização do país. Segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere pela continuidade da pressão de queda no curto prazo.

A consultoria destaca que a questão da China segue muito complicada, sem um posicionamento acerca do embargo por parte das autoridades locais. Assim, os frigoríficos brasileiros habilitados a exportar seguem com câmaras frias abarrotadas de carne bovina, atuando com cautela na composição de suas escalas de abate.

Para o criador, a conjuntura também é difícil, considerando que os custos de nutrição animal seguem em patamar bastante acentuado, da mesma maneira que as chuvas no Centro-Sul prejudicam o manejo, reduzindo a capacidade de retenção.

“A margem operacional dos confinadores foi bastante corroída, reforçando a necessidade da utilização de ferramentas de proteção em bolsas de futuros para garantir o resultado operacional”, alertou Iglesias.

Com isso, em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 266 na modalidade à prazo, contra R$ 267 ontem. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 250, inalterada. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 267, estável. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 255 ante 257. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 255, contra R$ 257.

Atacado

Já no atacado, a carne bovina teve preços estáveis. O Ministério da Agricultura autorizou que os frigoríficos armazenassem carne bovina que seria destinada ao mercado chinês em contêineres frigoríficos por até 60 dias.

Segundo Iglesias, essa medida é importante e reduz a possibilidade desse estoque ter que ser comercializado no mercado doméstico. “De qualquer maneira, a preocupação é enorme, avaliando que a China segue ausente das compras e isso tem promovido uma situação bastante delicada no mercado brasileiro, uma vez que não há previsão de retorno, e aparentemente não há pressa também, por parte da China”, salientou.

O quarto traseiro permaneceu com preço de R$ 20,70 por quilo. O quarto dianteiro ainda teve preço de R$ 14 por quilo. Ponta de agulha segue no patamar de R$ 13,80, por quilo.

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